segunda-feira, 1 de março de 2010

Um pouco da minha história...

Lembro da minha infância com muita satisfação e saudades! Ooh tempo booom! rs... Comecei os meus estudos bem cedo... com 2 aninhos já frequentava a escola. Estudei no Colégio Cenecista de Itagibá do maternal a sétima série e me recordo que sempre fui uma aluna ativa, esperta e muito tagarela! Meus professores que o digam!rs.. Amava participar das feiras de ciências, olimpíadas de matemática, jogos esportivos, acampamentos, enfim, todos os eventos que aconteciam naquela época. Os professores eram ótimos e acredito que contribuíram muito para a minha formação. Lembro que as aulas eram fantásticas, não se resumiam nas quatro paredes da sala de aula, pelo contrário, os professores eram inovadores! Me recordo das aulas que aconteciam no pátio da escola, ao ar livre, onde fazíamos experimentos! Também lembro dos seminários, trabalhos em equipe e individual, pesquisas na biblioteca da escola, exposição de trabalhos que os professores sempre nos incentivavam a fazer. Muitos professores me marcaram e deixaram suas significativas contribuições! Amava as aulas de Ciências, Geografia onde as professoras buscavam diversos meios para explicar à turma os assuntos propostos. Me recordo também da disciplina Inglês a qual eu amava de paixão e onde várias vezes eu e meus colegas dávamos muitas risadas quando pronuciávamos as frases erradas! Não posso esquecer também das aulas de História e Arte nossa eram fantásticas! Matemática e Português nem falo... eram as minhas preferidas! Depois que terminei o ensino médio no Colégio Rio Novo, na cidade de Ipiaú-BA, decidir prestar vestibular para o curso de Pedagogia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, onde fui aprovada. Vale ressaltar que, também tentei no mesmo ano, o vestibular para o curso de Economia na UESC onde também fui aprovada, no entanto, por Jequié ser mais cômodo pra mim optei em cursar Pedagogia. Outro motivo também pelo qual escolhi o curso de pedagogia foi o fato de minha mãe ser educadora e de ver a grande responsabilidade e a satisfação dela no desenvolver de sua profissão. Na época em que comecei a cursar pedagogia todos os momentos das aulas eram para mim um acontecimento novo, uma aprendizagem nova! Pois, eu ainda não tinha noção do que era de fato “educação”. Contudo, ao longo do curso, num processo contínuo de construção e reeconstrução de saberes, fui amadurecendo minhas idéias e descobrindo que ser educador não é apenas saber ministrar conteúdos e conseguir impor disciplina na sala de aula, pelo contrário, professor é aquele que estimula o aluno a fazer reflexões, que respeita os conhecimentos prévios dos seus alunos, que dá espaço para as críticas fazendo assim com que o aprendizado aconteça de maneira prazerosa e significativa. Dessa forma, vale lembrar como afirma Freire (1999, p.24) que: ”Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.
Tenho plena convicção que os sete semestres até aqui estudados, à convivência com os colegas tanto nas atividades livres como em sala de aula, todas as trocas e experiências vividas por nós me proporcionou aprendizagens significativas sobre o complexo fenômeno educativo.
Foi de suma importância os passeios pelos fundamentos da educação através das aulas de Sociologia, Filosofia, História da educação, Ciências Políticas dentre outras, onde sempre discutíamos a respeito de uma sociedade dividida em classes, da exploração, da injustiça social, onde o lucro está acima da qualidade de vida. Pude perceber ainda a educação sempre a serviço de uma classe dominante, sendo esta um espaço de reprodução ideológica. Contudo, mesmo sendo um meio de reproduzir as ideologias da classe dominante, compreendi também que a escola pode se tornar um espaço de transformação social como ressalta Freire (1987).
Outra disciplina instigante foi Avaliação da Aprendizagem, onde entendi a importância de cada tipo de avaliação (somativa, formativa e diagnóstica) para o processo de ensino e aprendizagem. Entendi ainda que esta não pode ser de caráter punitivo e classificatório como ressalta Luckesi (1999). A disciplina Psicologia da Educação também contribui de maneira significativa para a minha formação, com os estudos de Jean Piaget (1986-1980) sobre as fases do desenvolvimento cognitivo da criança, a teoria da psicogenética onde segundo ele a criança aprende por descobertas, ou seja, o aprendizado deve ter significado para a mesma e o educador é apenas o mediador desses conhecimentos.
Pude compreender também com a disciplina Metodologia da Alfabetização que as crianças são indivíduos dotados de conhecimentos, que vão se amadurecendo e adquirindo aprendizagem à medida em que se relacionam e trocam experiências com outras pessoas e, a partir, também, da sua interação com os objetos, isto é, a criança necessita observar, tocar, explorar esses objetos de tal forma, que o conhecimento seja estruturado e formado. Dessa forma, fica entendido que o conhecimento é construído através da manipulação da própria criança em relação aos objetos.
Não posso deixar de ressaltar, também, as disciplinas Didática I e II, as quais, me proporcionaram significativos conhecimentos sobre o verdadeiro papel do educador no âmbito escolar. O professor deve repensar a todo tempo sua prática pedagógica e buscar os melhores caminhos e meios para que o aprendizado dos seus alunos de fato aconteça.
Enfim, ao longo de toda essa jornada cada disciplina e teóricos estudados tiveram sua importância e contribuiu bastante para minha formação enquanto “futura pedagoga” e para tornar o ser humano que sou hoje. Acredito que todos os conteúdos adquiridos no curso servirão como base para uma postura pedagógica capaz de contribuir para uma melhoria no campo educacional.
Um novo desafio surgiu para todos nós alunos do sétimo semestre de pedagogia com a chegada do estágio na educação infantil, momento esse de confrontar teoria e prática. Assim, junto com a professora Cláudia Celeste, refletimos a cerca da importância do estágio para a nossa formação acadêmica, e posteriormente, para a atuação profissional. Entendi que o estágio é fundamental para quem está neste universo maravilhoso que é a educação, pois, através desta experiência podemos verificar nossa afinidade em relação à profissão, bem como compreender o cotidiano escolar, ou seja, como funciona de fato uma escola, a sala de aula, enfim, a organização estrutural de uma instituição escolar.

Compreender o Estágio Curricular como um tempo destinado a um processo de ensino e aprendizagem é reconhecer que, apesar da formação oferecida em sala de aula ser fundamental, só ela não é suficiente para preparar os alunos para o pleno exercício se sua profissão. Faz-se necessário a inserção na realidade do cotidiano escolar. O que é propiciado pelo estágio e que, também, permite desenvolver competências para “saber observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, consequentemente, propor alternativas de intervenção e de superação” (PIMENTA, 1999, p. 76).

E agoraa no VIII Semestre aguardo com muitaaa expectativaaa o Estágio nas Séries Iniciais.. Uhuuuuuuu..!

3 comentários:

  1. Marielle,
    No seu relato é muito claro a influência da sua mãe em sua formação, bem como a importância do curso de pedagogia na construção de saberes necessários a docência.
    Um abraço,
    Edjane

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